Cibersegurança corporativa: cinco pilares de um plano estruturado para empresas
A combinação entre avanço tecnológico e ações dos agentes mal-intencionados desperta a necessidade das organizações de investirem em soluções e serviços de segurança que estejam alinhados à estratégia dos negócios e ao mercado com foco na prevenção de incidentes.
O cenário da cibersegurança tem mudado rapidamente nos últimos anos. Não apenas pelas soluções tecnológicas mais modernas, mas também porque ciberatacantes têm apostado em técnicas rebuscadas para a invasão dos ambientes corporativos.
Combinado a estes fatores, as fronteiras do trabalho foram expandidas com a atuação dos colaboradores fora dos escritórios e os sistemas empresariais estão mais conectados às máquinas e demais dispositivos, o que amplia a superfície de cobertura dos times de TI e de segurança e, consequentemente, de ação dos agentes mal-intencionados. Por isso, é preciso priorizar a proteção da sua empresa.
Apenas nos primeiros seis meses de 2022, 2.8 bilhões de ataques de malwares foram detectados em todo o mundo (Cyber Threat Report), enquanto as PMEs (pequenas e médias empresas) registraram um aumento de mais de 40% das ameaças no período de um ano, de acordo com a Kaspersky.
Somente no Brasil foram 94% a mais de tentativas de invasões registradas entre janeiro e junho de 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o relatório do FortiGuard Labs.
Mesmo com o aumento as ações cibercriminosas, 75% dos gestores empresariais esperam um ataque para incluir a segurança em seus planejamentos, é o que revela um estudo da Tanium. Esta é uma decisão crítica, uma vez que os prejuízos financeiros e de reputação podem ser irreparáveis.
Por isso, a SECUREWAY elencou os 5 pontos da cibersegurança que devem ser considerados no plano estratégico e que aumentam a proteção da sua empresa.
Inclua os pilares de segurança no seu plano de negócio
1. Plano de resposta a incidentes
É recomendado que a empresa tenha um plano para responder rapidamente aos incidentes, como um ataque cibernético ou violação de dados, caso eles aconteçam.
Conhecido como serviços gerenciados de detecção e resposta (MDR sigla em inglês), a máquina notifica sob qualquer movimento suspeito, direcionando as equipes para a ação necessária em tempo real, com controle e transparência. Neste fluxo estão:
- Busca e validação proativa de possíveis ameaças e incidentes;
- Informações de banco de dados globais para entender a complexidade das ameaças;
- Aplicação no contexto do negócio;
- Ação imediata para interromper, conter e neutralizar as ameaças de forma remota;
- Compreensão para abordar a causa-raiz de incidentes recorrentes.
Desta forma, o plano de resposta a incidentes funciona baseado em três ações principais, as quais combinam a máquina com a ação humana:
– Notificação: os gestores de TI são alertados sobre a detecção com detalhes que auxiliam na priorização e na resposta.
– Colaboração: os times atuam em conjunto para responder a detecção de ameaça.
– Autorização: as atividades de contenção e neutralização são realizadas e informadas após a aprovação do gestor.
Com isso, o tempo entre o alerta e a contenção pelos times responsáveis é reduzido, evitando as perdas financeiras e de reputação de marca.
2. SOC
Centro de Operações de Segurança (SOC, sigla em inglês) é, como o próprio nome já indica, uma central de defesa de dados. Seu objetivo é impedir que haja invasão do ambiente corporativo por meio da detecção e resposta antecipadas a incidentes de hacking ou violação de dados.
Reúne um time de especialistas em cibersegurança e engenheiros treinados para realizar a proteção de dados. Diferentemente de outros departamentos de TI, no SOC são executadas operações altamente avançadas de segurança da informação.
É nele que se agrega os manuais de conduta, processos e tecnologias relacionados aos dados que precisam ser protegidos. Por meio do SOC, monitora-se 24x7x365 todos os dispositivos e redes empresariais, que é possível porque tem uma grande variedade de softwares, seguindo os procedimentos de proteção especializados para encontrar as brechas e solucioná-las.
Na prevenção de um ataque ele atua da seguinte forma:
– Medidas preventivas;
– Detecção precoce;
– Gerenciamento adequado;
– Alta vigilância;
– Monitoramento especializado constante.
Esse monitoramento ininterrupto pode ser adquirido como serviço, o que reduz o investimento da empresa e aumenta a sua proteção, com um produto totalmente customizado para a sua infraestrutura e com um time de especialistas em prevenção, detecção e resposta.
3. Treinamento dos colaboradores
95% das violações de segurança cibernética acontecem por falha humana, de acordo com o Relatório do Índice de Inteligência de Segurança Cibernética da IBM.
Sabendo que estas poderiam ser reduzidas a partir da educação e da conscientização de segurança, as empresas devem investir no treinamento de colaboradores de todas as áreas — e não apenas do TI.
Por meio de workshops e cursos, os profissionais aprendem a identificar conteúdos suspeitos, como phishing, e a adotar uma postura de desconfiança sob qualquer elemento suspeito, reduzindo, assim, as brechas.
4. Testes de intrusão
Conhecido como PENTEST (Penetration Testing, em inglês, e Teste de Intrusão, em português), é um conjunto de ferramentas e técnicas que avalia e encontra as vulnerabilidades que não são identificadas no dia a dia pelo departamento de TI ou da empresa como um todo.
Por meio de uma ação “hacker do bem”, equipes de segurança contratadas pela própria organização, simulam ataques cibernéticos e conseguem compreender onde estão as brechas.
O profissional responsável pela prática tem como objetivo identificar e explorar as vulnerabilidades na infraestrutura de TI. É importante destacar que o teste também possibilita a avaliação e validação dos mecanismos de proteção que a instituição já utiliza.
Os resultados são descritos em formato de relatório para que a empresa possa prosseguir para a etapa de correção, na qual as medidas são implantadas a fim de minimizar ou remover as fraquezas detectadas.
Vale reforçar que o teste de intrusão não representa uma ameaça real ou causa danos à empresa.
5. Investimento em inteligência cibernética
Inteligência cibernética é o processo que reúne a coleta e a análise das ameaças, realizado por meio do conhecimento baseado em IA e machine learning das soluções de segurança, que são nutridas por novos comportamentos registrados em diversos locais do mundo.
Com isso, é possível identificar com mais precisão os potenciais incidentes e evitar maiores prejuízos ao negócio.
Ter o mindset focado em segurança é a premissa para que uma empresa crie uma cultura cibernética e previna os incidentes. Isso significa que o board compreende a importância de se adotar soluções e serviços especializados para proteger os ambientes internos e os dados.