Resiliência cibernética: por que as empresas estão investindo mais?
Ambientes híbridos e multicloud, os quais ampliaram a superfície de ataques, e a busca pela digitalização exigem maior capacidade de adaptação para a continuidade e a proteção dos negócios.
A capacidade de prever, resistir, recuperar e adaptar-se às condições adversas, estresses, ataques ou comprometimentos em sistemas que usam — ou são — habilitados por recursos virtuais é a definição de resiliência cibernética, termo este que tem ganhado destaque nos últimos anos, muito impulsionado pelo avanço da digitalização.
O investimento em hardwares, softwares e serviços de segurança da informação está estimado em US$ 300 bilhões até 2026 em todo o mundo, segundo o IDC. Para o Brasil, a previsão é de que esta lista seja liderada pelo software, que tem um crescimento anual composto de 20% no período entre 2022 e 2026.
Esse movimento dos times de tecnologia e cibersegurança é uma resposta às ameaças crescentes em meio a um ambiente empresarial cada vez mais híbrido e multicloud (que utiliza nuvens públicas e privadas) e que deve atender às exigências legais, como privacidade e governança de dados.
É neste cenário que a resiliência cibernética se destaca e os aportes deverão ser 12,4% maiores em 2023, em comparação aos anos anteriores (informações do IDC). Afinal, seu principal objetivo é viabilizar um ambiente digital competitivo aos negócios que dependem de fontes tecnológicas, isto é, aumentar a postura de segurança e reduzir o risco de exposição de sua infraestrutura crítica, além de ajudar na diminuição das perdas financeiras e dos danos à reputação, com eficiência e eficácia dos processos.
Cenário atual: a relação das empresas com a resiliência cibernética
A migração das cargas de trabalho para a nuvem ocupa o primeiro lugar da lista de investimentos corporativos e indica o compromisso contínuo das organizações com o uso de serviços em nuvem no futuro. Já para 55% dos negócios, a melhoria da utilização das nuvens é tida como prioridade para 2023, de acordo com o Statista.
Sendo assim, esse crescimento acelerado da adoção multicloud indica que os líderes de TI estão em busca tanto do aumento da eficiência dos negócios quanto do aumento dos níveis de segurança cibernética, uma vez que os ambientes híbridos favoreceram o aumento da superfície de ataque.
“As empresas estão buscando modernizar seus ambientes de infraestrutura e os investimentos em segurança e resiliência se tornam cada vez mais essenciais.” Luiz Fernando Monteiro Francisco, Analista Sênior de Serviços de TI da IDC Brasil
Como estabelecer uma estratégia resiliente de proteção de dados
A recomendação para as empresas que buscam a resiliência cibernética é contar com parceiros estratégicos, os quais combinam a entrega de soluções e serviços para acompanhar a jornada de Transformação Digital com a integração da infraestrutura e da segurança.
Conheça, a seguir, sete etapas fundamentais para implementar esse processo na sua empresa:
1. Identificação de ativos: O primeiro passo é entender quais deles precisam ser protegidos, o que inclui tanto o hardware, como computadores e servidores, quanto os digitais, que são os dados de clientes ou de propriedade intelectual. Após identificar quais são os ativos críticos, é o momento de entender quais informações confidenciais eles contêm. A descoberta contínua e automatizada de dados fornece uma visão precisa do que a organização coleta, armazena e compartilha.
2. Desenvolver políticas e procedimentos: Montar um manual claro sobre como os colaboradores devem lidar com informações confidenciais auxilia a reduzir o risco de uma violação devido a erro humano ou negligência. Assim, é importante revisar e atualizar essas políticas regularmente com as práticas recomendadas de segurança de dados novas — ou atualizadas — para que permaneçam relevantes ao longo do tempo.
3. Implementar controles de segurança: Auxilia a proteger contra ameaças externas e, ao mesmo tempo, fornece visibilidade de atividades suspeitas na rede corporativa. Aqui, vale entender quais são os controles que fazem sentido para a organização e, a partir dessa lista, é criado um guia para instituir controles e proteções contra-ataques por parte dos times de segurança.
4. Monitorar a atividade regularmente: Compreender quem é cada usuário da rede para identificar comportamentos suspeitos que possam indicar uma possível ameaça antes que ela implique em danos. Ao acompanhar quem está acessando os dados e sistemas da empresa, é possível detectar rapidamente quaisquer anomalias que possam indicar ações mal-intencionadas.
5. Treinar os colaboradores: Instruir os times internos sobre as práticas recomendadas de segurança cibernética não apenas reduz a probabilidade de eles serem vítimas de táticas de engenharia social, mas também reforça o entendimento de como são importantes na manutenção de sistemas seguros. Leia mais sobre o tema no Blog SW: Educação Cibernética
6. Testar os sistemas regularmente: Permite identificar as vulnerabilidades em estágio inicial para que elas possam ser resolvidas imediatamente. Esse processo inclui a execução periódica de testes de penetração (PENTEST) que simulam ataques reais contra redes/sistemas para determinar onde estão possíveis gaps. Além disso, a realização de backups regulares garante que arquivos e dados importantes não sejam perdidos se algo der errado durante as atividades de teste.
7. Ter um plano de resposta a incidentes em vigor: Produzir esse playbook de forma antecipada facilita a reação rápida das equipes diante de eventos inesperados. Esse planejamento deve incluir instruções detalhadas que descrevam como cada membro da equipe deve agir em diferentes cenários, juntamente com informações de fornecedores externos que possam precisar ser contatados em situações de emergência.
Em um momento em que digitalizar é necessário e que os ambientes híbridos são parte da infraestrutura corporativa, identificar, proteger, detectar, responder e restaurar as operações após uma tentativa de ameaça, torna-se mandatório para as empresas.
Para tal, contar com um time de especialistas, como o da SECUREWAY auxilia nesse processo de resiliência cibernética, atuando de maneira proativa, reativa e habilitado para mitigar os prejuízos causados por possíveis violações e interrupções de serviço.