Confiança de marca: aumento de lucro para as empresas e relação direta com a segurança
Privacidade e cibersegurança são questões-chave na construção e manutenção da reputação empresarial tanto para os times internos quanto para o mercado. Por isso, as organizações que buscam proteção e elevação dos rendimentos devem criar um plano de segurança e compliance.
Para 30% dos líderes empresariais globais entrevistados no levantamento divulgado pela consultoria KPMG, em 2022, a confiança de marca está diretamente relacionada ao lucro.
Conhecido como Brand Trust, este conceito indica a credibilidade que a marca constrói com seus clientes e está totalmente atrelado à reputação — um dos ativos mais intangíveis a serem metrificados em termos de negócios.
Nos dias atuais, em que as brechas e a violação de dados estão mais frequentes — de acordo com a IBM, apenas no Brasil o custo por incidente desse tipo é de R$ 6,45 milhões —, a segurança da informação se torna estratégica para as companhias que buscam ser confiáveis.
Afinal, a confiança de marca adiciona vantagem competitiva, bem como está conectada ao aumento de receita.
O papel da segurança e da privacidade na confiança de marca
Em um mundo hiperconectado, as organizações exigem que os times de TI e segurança sejam resilientes para viabilizar a troca de informações e armazenamento dos dados.
Com isso, segurança, privacidade e compliance (veja as definições a seguir) passam a ser combinadas para adicionar inteligência ao negócio, com o objetivo de prover serviços especializados e identificar potenciais ameaças, mitigando os riscos e, consequentemente, aumentando a confiança de marca.
- Segurança está no centro dos negócios atuais. Assim, as práticas internas das empresas passam a requerer a segurança para atender as rigorosas exigências de diferentes estruturas por meio das melhores estratégias de proteção de dados em produtos e serviços.
- Privacidade é uma questão global e as empresas devem se preparar, resistir e se recuperar rapidamente de potenciais ataques, permitindo que operem com segurança e evoluam por meio da Transformação Digital.
- Compliance para ser implementado à medida que as regulamentações do setor de atuação e as governamentais são implementadas. Desta forma, são sugeridas certificações, documentação de segurança e avaliações para estar em conformidade.
Este tripé é a base para que a organização amplie o seu reconhecimento perante ao público interno e ao externo. Uma vez que a confiança de marca vai além da proteção de dados, ela se estende à forma como uma empresa opera em todas as localidades de atuação global.
Desta forma, construir um plano de cibersegurança e compliance está conectado aos principais pontos destacados pelos executivos da KPMG, no estudo Insights sobre confiança cibernética 2022:
- Tratamento da privacidade e da segurança como temas de importância máxima;
- Construção interna de alianças;
- Garantir o apoio da liderança;
- Atuar em sinergia com o ecossistema.
Por onde começar a construir um plano de compliance e cibersegurança
O primeiro passo é compreender que será necessária a combinação de estratégias, ações e ferramentas específicas para o cumprimento das legislações vigentes (normas e regulamentações) e proteção dos dados, sistemas e redes.
A partir desse momento, recomenda-se contar com um time de especialistas em negócios digitais e segurança cibernética, o qual será responsável por:
- Desenvolver o plano de processos de TI e tomadas de decisão na área.
- Elencar as diretrizes vigentes de tratamento de proteção de dados.
- Constituir um plano de continuidade dos negócios.
- Criar ações preventivas para ação em caso de ataques cibernéticos.
- Analisar a rede, os acessos e as brechas que podem gerar instabilidade e, consequentemente, um ataque coordenado.
Após a validação dessas etapas, o plano de conformidade e cibersegurança é constituído, de forma que a empresa passe a ter governança de TI e continuidade dos negócios, aumentando a sua confiança de marca e mitigando os riscos à reputação pelo não cumprimento de leis vigentes ou pela violação dos dados.