Confiança digital: o que é e por que a sua empresa deve estar atenta
Negócios atuais devem basear sua base na confiança e na segurança digital para entregar serviços disponíveis, confidenciais e éticos aos usuários, que estão cada vez mais buscando por proteção dos seus dados pessoais.
No mundo digital, a capacidade de pessoas, processos e tecnologia, juntos, construírem um ambiente seguro é conhecida como confiança digital.
Um exemplo do por que este conceito é importante é mostrado pelos dados do Report State of the Web que apontam que, em julho de 2022, aproximadamente 56% dos usuários de desktop e dispositivos móveis foram afetados ao menos por uma vulnerabilidade de terceiros decorrentes de aplicativos e aplicações da internet corrompidos.
Diante desse cenário, em que os canais de comunicação e comércio têm operações virtuais e fornecem sites e apps para seus clientes, exige-se uma supervisão completa destes ativos.
É o que releva uma pesquisa da McKinsey & Company com mais de 1.300 líderes empresariais e 3 mil consumidores de todo o mundo, a qual indica que os usuários esperam que as organizações estabeleçam a confiança digital.
Ainda segundo os resultados, as marcas líderes em confiança digital são 1,6 vezes mais propensas do que a média global a ver um crescimento de receita de pelo menos 10%. Já para metade dos consumidores, as compras acontecem nas empresas que têm reputação em proteger os dados dos clientes.
Mas, afinal, o que é confiança digital?
De acordo com a McKinsey, a definição para o termo é: “confiança em uma organização para proteger os dados do consumidor, implementar uma segurança cibernética eficaz, oferecer produtos e serviços confiáveis baseados em IA e fornecer transparência em relação à tecnologia e ao uso de dados.”
Isto é, mostrar aos usuários que pode fornecer segurança, privacidade, confiabilidade e ética de dados com seus programas ou dispositivos online.
Desse modo, é tida como a chave mais importante para o sucesso de qualquer negócio. Afinal, estabelecer confiança é o primeiro passo para qualquer tipo de interação e, com isso, a confiança digital permite que clientes e empresas realizem transações de forma segura e íntegra.
Por que priorizá-la no planejamento de tecnologia e segurança?
À medida que os negócios são cada vez mais dependentes dos canais digitais para se conectar com seus mercados, também desvalorizam sua marca e perdem benefícios estratégicos no longo prazo. 40% dos clientes deixam de fazer negócios se a confiança for violada — isto é, se descobrem que os dados não recebem o tratamento adequado (McKinsey).
Organizações que não priorizam a segurança e a confiança digital falham em sua responsabilidade ética para com os consumidores.
Sabendo disso, conheça os fatores que mais atrapalham as empresas quando o tema é confiança digital:
- Falhas de segurança: a alta taxa de registro de ataques de ransomware continua afetando consumidores, empresas, infraestruturas críticas e entidades governamentais, custando milhões de dólares todos os anos. As violações preocupam os consumidores no que tange à privacidade de seus dados.
- Problemas de qualidade: este quesito está relacionado aos elementos de UX de uma empresa, que indicam o grau de sua confiança para os usuários. Por exemplo, anúncios de baixa qualidade, pop-ups e páginas de carregamento lento são sinais de que uma plataforma não é confiável.
- Códigos não supervisionados: integração de soluções nas plataformas, como sites e aplicativos, têm códigos que não costumam ser monitorados pelas ferramentas de segurança da empresa. O resultado é que os ativos digitais corporativos são manipulados em canais que utilizam técnicas silenciosas de invasão, como malvertising, phising, ransomware, entre outros.
Benefícios para as empresas que investem na confiança digital
Do ponto de vista estratégico, a confiança digital reformula a estrutura das ideias tradicionais para atender as demandas dos negócios da nova economia, que é dependente de conectividade, uso de dados e novas tecnologias.
Ainda não há nenhuma orientação global do que seja e as normas para seguir, como a LDGP, que foi implantada para assegurar o tratamento dos dados pessoais. Mas o que se têm são as seis áreas fundamentais da confiança digital que devem ser avaliadas e implantadas:
- Privacidade: garante aos clientes a capacidade de realizar quaisquer transações ou transferências de dados sem pedir mais informações do que o necessário, bem como realizar o correto manuseio delas.
- Segurança: é o poder que uma empresa tem para identificar, proteger e responder às potenciais ameaças aos dados.
- Identidade: como fator de confiança digital significa que os clientes são anônimos, adicionando uma camada extra de proteção às suas informações.
- Previsibilidade: a capacidade de uma empresa de usar os dados existentes para prever quaisquer riscos que possam ocorrer e fazer planos abrangentes em caso de um cenário “e se”. Essa ação mostra que uma empresa com visão pode ser confiável.
- Mitigação de riscos: capacidade de entender e planejar uma forma de diminuir o impacto de eventos incertos.
- Integridade dos dados: segurança acima de tudo. Aqui, é garantir que todos os dados sejam completos, precisos e sejam armazenados e tratados adequadamente.
Construir confiança digital requer tempo, esforço e deve estar no planejamento estratégico das empresas.
Na jornada da Transformação Digital, os negócios devem priorizar uma presença digital bem estabelecida com: transparência e acessibilidade, ética e responsabilidade, privacidade e controle e segurança e confiabilidade.
Isso é apoiado com um time focado em DevSecOps que é a união do desenvolvimento de aplicações e da segurança ao mesmo tempo, ampliando a camada de proteção.
Afinal, trabalho para um futuro digitalmente confiável começa agora.