Marketing e TI: integração para a proteção e reputação de marca
Laura de Biagio é Gestora de Comunicação e Marketing da Secureway
A construção de uma marca conceituada e confiável envolve diversos fatores e está entre os objetivos primários das empresas, sejam elas de qualquer porte e segmento. As áreas de marketing e comunicação são as principais responsáveis não apenas por esse processo, mas também pelo monitoramento da relação com os clientes, pelo posicionamento e tom de voz, bem como pelo monitoramento e atuação na prevenção e gerenciamento de potenciais crises, que podem causar danos à reputação.
Atualmente, diante das atuações criminosas aceleradas em ambientes virtuais, a atenção deve ser redobrada. As fraudes, o uso indevido e a personificação no universo digital por meio de domínios semelhantes, e-mails, websites e perfis falsos, entre outras ações, podem impactar negativamente a imagem de uma empresa, mesmo que ela não esteja ligada oficialmente a tais ações e elementos.
Considerado um dos ativos mais intangíveis de serem metrificados, a reputação de marca foi o alvo do estudo “What price reputation?”, da AMO Strategic Advisors, empresa de advisory de M&A, que consultou 1611 companhias e constatou que 35,3% — ou US$ 16,7 trilhões —, das capitalizações das empresas está relacionado à reputação de suas marcas.
Os prejuízos causados por agentes mal-intencionados que exploram digitalmente as empresas com ações criminosas podem acarretar em perdas significativas de receita e danos consideráveis à reputação de uma empresa. Para evitá-los, a aplicação do conceito Brand Protection é primordial para monitorar, medir os riscos e proteger a imagem e posicionamento em ambiente virtual.
Por meio do monitoramento e varredura constante da web, incluindo menções às empresas, palavras-chave, produtos e serviços, identifica-se se há uso indevido, evitando que os abusos virtuais comprometam a imagem da organização.
Como o Brand Protection atua na proteção da reputação das marcas nos ambientes digitais?
Utilizando-se do nome, identidade e elementos relacionadas a uma marca, empresa ou produto, os criminosos virtuais exploram a credibilidade para aplicar fraudes junto à consumidores a partir da personificação em vários formatos como:
- Domínios semelhantes: estes são mais recorrentes. Aqui, são registrados domínios com nomes similares, que falsificam a identidade original para enganar os usuários, realizar vendas indevidas e captar dados.
- Sites falsos: mesmo que com domínio diferente, possuem aparência similar aos sites reais das empresas. Por meio de redirecionamentos, são utilizados para roubar as credenciais dos clientes, incluindo dados de cartão de crédito ou emissão de boletos falsos.
- Perfis fakes: os agentes mal-intencionados criam perfis semelhantes aos das marcas em mídias sociais e plataformas de marketplace para que os consumidores interajam de forma equivocada, forneçam dados, realizem compras ou sejam direcionados para websites enganosos.
- Phishing: os criminosos utilizam-se da identidade visual das empresas para disparar e-mails falsos, que podem incluir redirecionamentos para sites fraudulentos, anexos maliciosos – incluindo malware e ransomware – e/ou boletos de pagamentos falsos.
Inteligência aplicada: monitoramento, identificação e prevenção dos danos à reputação das marcas
Detectar e mitigar o uso indevido da imagem da marca requer monitoramento constante da web, dos domínios e das plataformas de mídias sociais.
Por meio de ferramentas de inteligência, os times de segurança da informação acompanham com precisão as menções à marca e conseguem identificar campanhas maliciosas, avaliando-as rapidamente para agir antes que os prejuízos sejam maximizados e irreversíveis.
Como parte adicional do serviço especialista de SOC, os especialistas em proteção de marca auxiliam as empresas a proteger a reputação por meio da tecnologia aplicada à área de segurança, com alta eficiência e sem aumentar a carga de trabalho.
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